Léa Garcia




Lea Garcia (1933 - 2023) was one of the most important Brazilian actresses. She was a black woman, discovered in Teatro Experimental do Negro in the 1950s, directed by Abdias Nascimento, with whom Lea was married for 50 years. She was an award-winning actress, having stood out for winning the Best Actress awards at the Gramado Festival (2004) for the movie “As Filhas do Vento”, and at the Brazilian Film Festival in Toronto (2013) for “Acalanto”. But, not only these nominations mark Lea’s career. In total, the “Dama Negra do Teatro” (Black Lady of Theatre) has won more than ten awards in the “best actress” category.

Lea Garcia (1933 - 2023) foi uma das mais importantes atrizes brasileiras. Mulher negra, foi descoberta pelo Teatro experimental do negro na década de 1950, dirigido por Abdias Nascimento, com quem Lea foi casada por 50 anos. Foi uma atriz premiada, tendo tido destaque ao vencer os premios de Melhor Atriz no Festival de Gramado (2004), por “As Filhas do Vento”, e no Festival de Cinema Brasileiro em Toronto (2013), por “Acalanto”. Mas não apenas essas indicações marcam a carreira de Lea, a “Dama Negra do Teatro” tem mais de 10 prêmios vencidos na categoria de “melhor atriz”.

She died in 2023, hours before receiving the Oscarito award, at the Gramado Festival. Despite her talent, Lea did not receive appropriate recognition in the Arts. The racism in Brazilian television sabotaged her participation in soap operas several times. The directors claimed that they didn't have a role for her, despite being an incredible actress. Lea was immortalized by historian Julio Claudio Silva, through the biography about her life, called “Entre Mira, Serafina, Rosa e Tia Negrita: A trajetória e o Protagonismo de Lea Garcia” (Between Mira, Serafina, Rosa and Tia Negrita: The trajectory and protagonism of Lea Garcia).

Ela morreu em 2023, horas antes de receber o troféu Oscarito, no Festival de Gramado. Apesar de seu talento, Lea não obteve devido reconhecimento no meio artístico. O racismo da televisão brasileira sabotou sua participação diversas vezes em novelas. Os diretores alegavam que apesar de ser uma atriz incrível, não tinham papel para ela. Lea foi imortalizada pelo historiador Julio claudio silva, através da biografia sobre sua vida, chamada “Entre Mira, Serafina, Rosa e Tia Negrita: A trajetória e o Protagonismo de Lea Garcia”.

In that work, the author discusses Lea's artistic trajectory as a means to reflect on broader issues. From this perspective, the actress's story tells us how the stage represented a “mirror” for recognizing the racism reproduced in the arts, and at the same time, a space for reaffirmation and struggle for a genuine representation of black people in Brazilian society.

Na obra, o autor discute sobre a trajetória artística de Lea como um meio para refletir sobre questões mais abrangentes. Nessa perspectiva, a história da atriz nos conta sobre como os palcos significaram um “espelho” para reconhecimento do racismo reproduzido nas artes, e ao mesmo tempo, um espaço de reafirmação e luta por uma representação genuína do ser negro na sociedade brasileira.



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